Vaticano

Eritreia à beira da guerra

Fundação AIS
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A guerra pode voltar à Eritreia se o Ocidente não se empenhar no cumprimento do cessar-fogo de 2000, alerta o Bispo de Asmara. Descrevendo a situação da Eritreia como um país "mergulhado num limbo", D. Menghesteab Tesfamariam, Bispo de Asmara (capital da Eritreia) partilhou os seus receios de que venha a eclodir uma nova guerra entre a Eritreia e a Etiópia caso o Ocidente não intervenha e faça cumprir os termos do cessar-fogo estabelecido em Junho de 2000. Em entrevista à Ajuda à Igreja que Sofre, o prelado considera que a Etiópia deve ser pressionada para que aceite que a Eritreia controle a cidade de Badme, situada na zona fronteiriça entre os dois países. "A Eritreia é uma nova nação independente que necessita de uma identidade. A fronteira é muito importante", declarou. D. Tesfamariam explicou que muitos soldados do seu país estão estacionados junto à fronteira. Grande parte dos recursos nacionais é destinada a manter os militares, facto que afecta negativamente a economia e a própria sociedade. "O esforço militar mantém os pais longe das suas famílias, criando uma situação social e económica muito complicada", acrescentou o prelado que lamentou ainda que os soldados cristãos destacados para a fronteira, que cumprem um longo período de serviço, não possam participar na missa. A Igreja Católica passou por um período de relações difíceis com o Governo neo-marxista da Eritreia mas, como explicou D. Tesfamariam, a principal ameaça prende-se com o crescimento das "seitas cristãs fundamentalistas" que recebem apoio, especialmente dos Estados Unidos da América. Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre


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