Depois de uma semana de greve contra as ameaças e as violências dos extremistas islâmicos, os estudantes cristãos da Universidade de Mossul voltaram às aulas.
“Os estudantes não querem perder o ano escolar por culpa de quem os deseja submeter à violência”, afirma o Pe. Nizar Semaan em declarações à Rádio Vaticano.
Segundo o sacerdote, as mais ameaçadas são as jovens cristãs, que decidiram adoptar uma medida extrema para não perder as aulas: vão levar sempre na bolsa um véu, para ser usado somente em caso de perigo.
O Pe. Nizar define a situação como “um massacre cultural e psicológico”. "Não se mata somente com as bombas. Não se mata somente fisicamente, mas também moralmente, obrigando as pessoas a adoptar comportamentos que não aprovam”, refere à emissora do Vaticano.
Os responsáveis pela comunidade cristã de Mossul promoveram encontros com os chefes muçulmanos e curdos da região, para tentar encontrar uma linha de acção comum contra os agressores.