50 anos após o falecimento do Papa Pio XII (Eugenio Pacelli), o Instituto Internacional de Investigação do Holocausto de Yad Vashem e o Instituto Teológico Salesiano (Studium Theologicum Salesianum) celebram, de 8 a 9 de Março, uma sessão de estudo na qual se avaliará o estado actual da investigação sobre esse o Papa e a Shoah.
Segundo informa Francesco De Ruvo, no encontro “confrontar-se-ão historiadores que partilharão o resultado das suas investigações para responder a uma série de perguntas”.
Os historiadores e especialistas, que dão à iniciativa um carácter internacional, pertencem às duas escolas de pensamento, a mais crítica contra Pio XII e a que valoriza o seu trabalho.
O encontro acontece na preparação da visita de Bento XVI, em 11 de Maio, ao Yad Vashem, o Memorial do Holocausto, onde participará numa cerimónia de recordação das vítimas da Shoah.
A sessão inaugural estará a cargo de Avner Shalev, presidente do Comité Directivo do Yad Vashem, e do Arcebispo Antonio Franco, Núncio Apostólico em Israel.
“Nos últimos anos, muitos livros e novos artigos foram publicados e, como consequência, apresentou-se um novo material que permitiu trazer à luz novos aspectos, que devem ser confrontados e sintetizados para ver se há novidades e se é preciso rever algo”, explica De Ruvo, salesiano e investigador em Jerusalém.
Entre os diferentes argumentos que os historiadores discutirão, destacam-se o período precedente ao papado de Pio XII, as relações com os bispos alemães, Pio XII e o Holocausto, a situação na Itália durante o período do Holocausto, e o período que se lhe sucedeu.
“Hoje, no Museu do Holocausto de Yad Vashem, encontramos uma explicação polémica da obra de Pio XII. Historiadores e críticos não deixaram de debater sobre este tema”, explica De Ruvo, salesiano e investigador em Jerusalém.
Redacção/Zenit