Vaticano

Europa discrimina etnia cigana

Pe. Elísio Assunção
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“Embora cidadãos dos estados membros [da União Europeia] e possuidores de documentos válidos, [os ciganos] não podem usufruir dos mesmos direitos dos comuns cidadãosâ€, afirmou o secretário do Conselho Pontifício para os Migrantes e Itinerantes, o bispo Agostino Marchetto. Nas vésperas do VI Congresso Mundial da Pastoral dos Ciganos, que terá início hoje, 1 de Setembro, em Freising, Alemanha, o prelado deu uma entrevista à Rádio Vaticana, reflectindo sobre o tema do Congresso: “Jovens ciganos na Igreja e na sociedadeâ€. Falou sobre a situação do povo nómada: “Dos relatórios que nos chegam das Igrejas locais constatamos que, um pouco por todo o lado, os ciganos são vítimas de discriminação, desigualdade, assim como de racismo e xenofobia, referiu o bispo. E explica: “Nalguns países as crianças ciganas são obrigadas a frequentar escolas especiais destinadas a crianças portadoras de deficiências físicas ou mentaisâ€. Agostino Marchetto disse mais: “Não são raras as mulheres que são submetidas a esterilização forçadaâ€. Falando dos jovens, tema central do Congresso, o prelado sublinhou: “A generalizada falta de confiança faz que aos jovens, embora bem preparados profissionalmente, não lhes seja concedido o ingresso no mercado do trabalho como aos outrosâ€. E acrescentou: “Em geral, são mais submetidos a situações de desvantagem relativamente aos seus coetâneos†não ciganos. Para o secretário do Conselho Pontifício “se não houver respeito pela cultura das populações ciganas, será difícil chegar a uma real integração e, portanto, a um aceitável grau de segurança socialâ€. Participam no Congresso mais de 150 representantes de 25 países em que existem estruturas de pastoral cigana. Vivem no mundo cerca de 36 milhões de ciganos dispersos pela Europa, Américas e em alguns países da Ãsia. Na Ãndia, terra originária desta população, viverão 18 milhões. No continente europeu serão entre nove a 12 milhões.


Pastoral dos Ciganos