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Fazendeiro condenado em Roraima por difamar missionário católico

Fátima Missionária
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Depois de cinco anos, tramitando pelos meandros da Justiça brasileira, foi julgada e expedida a acção condenatória de Wilson Bezerra, fazendeiro de Roraima que, em 3 de Maio de 2000, concedeu uma entrevista à revista de circulação nacional “Isto É”, difamando e caluniando o missionário da Consolata, padre Jorge Dal Ben. Na entrevista publicada pela revista, Wilson Bezerra acusou irresponsavelmente o missionário de terrorista, contrabandista de pedras preciosas e aliciador de indígenas para formação de um exército paramilitar, sem, no entanto, apresentar nenhuma prova do que disse. O fazendeiro afirmou ainda que o missionário era o responsável pelo fomento de uma guerrilha patrocinada pela Igreja Católica, com o intuito de invadir e se apoderar de “propriedades particulares” no norte de Roraima e delas retirar diamantes (referindo-se a fazendas que se encontravam ilegalmente na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, reconhecida e homologada pelo presidente brasileiro Lula da Silva em 15 de Abril deste ano). Além de propagar as difamações e calúnias, Wilson Bezerra ainda ameaçou o missionário de morte: “Se eu perder a minha última fazenda e topar com o padre Jorge, acabo com ele”. A ameaça foi estampada em letras grandes, com a foto do fazendeiro (na foto). À época, a reportagem bombástica ganhou repercussão nacional e foi amplamente divulgada, até no estrangeiro. Em sentença publicada no Diário do Poder Judiciário de de Setembro, o juiz Délcio Dias Feu, da 4.ª Vara Cível, condenou o fazendeiro a indemnizar o padre Jorge Dal Ben e mandar publicar na mesma revista a sentença que o condenou. A acção contra a revista “Isto É”, continua tramitando na Justiça. Apesar da tardia e branda sentença não redimir os danos morais, emocionais e materiais causados ao missionário, aos povos indígenas e à Igreja Católica, este foi um passo decisivo para fazer justiça e punir aqueles que se utilizam do poder dos meios de comunicação para destruir, atacar e criar falsas verdades, servindo como exemplo aos que – como é comum em Roraima – caluniam e difamam de má fé. Paula Brenha, de Roraima, Brasil – Fátima Missionária on-line Notícias AE • Missionário português em Roraima denuncia «terrorismo» dos grandes fazendeiros • Tudo sobre Roraima


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