Conjugar de maneira harmoniosa fé e cultura significa no mundo de hoje, levar por diante juntos a reflexão sobre o novo humanismo, tendo em conta os grandes desafios da época contemporânea. Esta foi a mensagem de Bento XVI aos mais de 7 mil universitários de Roma, que encontrou ontem à tarde na Basílica de São Pedro, no final da Missa celebrada pelo cardeal Vigário para a diocese de Roma Camilo Ruini.
Para o Papa é necessário neste momento histórico cultivar uma “atenta pesquisa cultural e espiritual”.
Bento XVI manifestou o seu comprazimento pelo facto das cinco faculdades de Medicina da cidade de Roma terem concordado um empenho comum nalguns campos e de colaborarem nos temas da vida. No plano mais especificamente pastoral, o Papa manifestou depois apreço pela decisão de aprofundar o tema da transmissão da fé com um caminho de formação que envolva estudantes e docentes.
“A vós queridos jovens - prosseguiu– faço votos que realizeis com alegria o vosso itinerário de formação cristã, conjugando-o com o esforço quotidiano de aprofundamento dos conhecimentos próprios dos respectivos percursos académicos”.
“É necessário redescobrir a beleza de ter Cristo como Mestre de vida e chegar assim a renovar de maneira livre e consciente a própria profissão de fé”, acrescentou.
No final do encontro, o Papa benzeu o ícone “Maria Sedes Sapientiae”, que João Paulo II tinha confiado em 2000 aos estudantes universitários europeus e que a partir de então se encontra em peregrinação através das cidade universitárias do Velho Continente. O ícone chegou nos dias passados a Roma, proveniente da Polónia, e prosseguirá agora a sua viagem com etapas em Sófia e noutras cidades da Bulgária.