Após os repetidos anúncios da clonagem de embriões humanos, a Federação Mundial de Associações de Médicos Católicos (FIAMC) pediu na semana passada uma proibição total desta prática.
“Não é aceitável do ponto de vista ético sacrificar deliberadamente um ser humano, ainda que seja com a finalidade de aliviar os problemas e saúde de outros seres humanos”, explicam.
Em comunicado, a organização internacional questiona a experiência de cientistas da Universidade Nacional de Seul - chefiados pelo professor Hwang Woo Suk - que foi mencionada na revista «Science» e que foi apresentada a 12 de Fevereiro passado na reunião da Associação Americana para o Avanço da Ciência, que congregou em Seattle milhares de cientistas de todo o mundo.
A equipe coreana pode clonar de 242 óvulos 30 blastócitos, uma etapa precoce do embrião humano, conseguindo a obtenção de células estaminais viáveis.
Para o presidente da FIAMC, Gian Luigi Gigli, “isto cria importantes questões para toda a comunidade médica e científica”.
“É imoral investir enormes fundos em tais pesquisas, subtraindo-os à busca de soluções para tragédias planetárias como a Sida, a malária ou a desnutrição”, acrescenta.
Como via de solução, a FIAMC pede “a proibição total da clonagem de embriões humanos” e a promoção da pesquisa “nas células estaminais adultas”.