Ficção CientÃfica e Informação Francisco Perestrello 04 de Abril de 2006, às 10:43 ... Estando entre os géneros mais antigos do cinema e dos que a este mais se adapta na vertente do espectáculo lúdico, a ficção cientÃfica tem povoado com grande frequência as produções de variadas origens. Já em 1902 Georges Méliès se divertia e divertia o seu público com "A Viagem na Lua", pequeno embrião dos grandes meios que permitiriam produzir, muito mais tarde, "2001: Odisseia no Espaço" (1968), de Stanley Kubrick. Esta última obra, mesmo tendo em conta um elevado conteúdo filosófico, era portadora de um enorme volume de informação, em boa parte sobre matéria já disponÃvel mas ainda pouco acessÃvel à generalidade das pessoas, mas também com projecções para o futuro passÃveis de despertar o raciocÃnio, a avaliação e a separação do presumÃvel e da pura fantasia. Recentemente, a tendência geral para os filmes sobre o futuro e as suas técnicas é o reciclar de ambientes e motivos já utilizados, com uma evidente prioridade do insólito e do impossÃvel, abandonado-se uma construção narrativa com base na lógica e na extrapolação de acontecimentos genuÃnos. O exemplo mais recente desta via menos interessante chega-nos através de "Ultravioleta", com a acção situada nos finais do Século XXI, que mais não é que um acumular de movimento, diferentes formas de luta, numa perspectiva totalmente lúdica, muito na linha dos jogos de vÃdeo e das longas séries televisivas de ficção cientÃfica. O essencial é a força de cada imagem, o seu impacto visual, com uma preocupação menor quanto ao significado que a mesma deveria prestar ao conjunto. É um cinema de impacto directo, que nada deixa na memória uma vez terminada a projecção. Um divertimento capaz, mesmo assim, de atrair o público dos filmes de acção, que se mostra suficientemente numeroso para viabilizar produções como estas, compensadas em geral na área do vÃdeo, hoje transferida para o suporte DVD. Francisco Perestrello Cinema Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...