O Ministro da Justiça do Governo espanhol, Juan Fernando López Aguilar, colocou em questão as actuais relações económicas entre a Igreja Católica e o Estado, lembrando que desde 1979 existe um acordo em que a Igreja se compromete a “apontar para a sua própria suficiência económica”.
Em Espanha, o Estado reserva à Igreja uma percentagem do imposto sobre o rendimento de cada contribuinte,
Segundo Aguilar, “a Igreja já deveria saber que esta situação é provisória, desde o ponto de vista legislativo”.
O Ministro revelou ao jornal católico “La Razón” que o executivo de Zapatero não tem intenção de denunciar os Acordos com a Santa Sé nesta legislatura, “embora isso fosse uma opção possível”.
As polémicas entre o novo Governo espanhol e a Igreja Católica têm-se sucedido, seja por causa do ensino da Religião nas escolas, o estatuto legal das uniões homossexuais ou o financiamento do Estado às religiões. Aguilar explica que o objectivo do PSOE é “alcançar o pluralismo religioso em Espanha”.
O Governo de Zapatero acusou esta semana os Bispos espanhóis de “lançarem uma ofensiva política contra o executivo”, crítica que a Conferência Episcopal rebateu imediatamente.
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