A notícia da morte do Papa João Paulo II foi acompanhada com grande tristeza por todos os colaboradores, benfeitores e amigos da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre em todo o mundo. Antónia Willemsen, secretária-geral, destacou que João Paulo II “era como um pai desta instituição”.
“Este Papa era como um pai desta instituição”, referiu Antónia Willemsen quando teve conhecimento da gravidade do estado de saúde de João Paulo II. As preocupações e angústias de João Paulo II, ao longo do seu Pontificado, foram também as da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre: o apoio material e espiritual aos cristãos perseguidos e oprimidos em todo o mundo, a nova evangelização do mundo ocidental, a formação de novas gerações de sacerdotes, a dinamização das comunidades religiosas contemplativas, a construção da Igreja na Europa de Leste e no Terceiro Mundo. Simultaneamente, o desejo de dialogar e estabelecer laços com os crentes de outras denominações religiosas, em promover a reconciliação entre nações e a defesa de uma cultura da vida e de uma civilização fundada no Amor.
João Paulo II e a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre aproximaram-se também no amor dedicado a Maria, mãe de Cristo – manifesto no lema papal Totus Tuus e na devoção a Nossa Senhora de Fátima, a quem o Papa atribuiu o facto de ter sobrevivido ao atentado de 13 de Maio de 1981, em Roma. Também o Padre Werenfried, que em 1947 fundou a Ajuda à Igreja que Sofre inspirado na mensagem de Fátima, foi, durante toda a sua vida, um devoto discípulo de Nossa Senhora.
Durante cerca de 40 anos, o Papa João Paulo II e o Padre Werenfried foram companheiros e amigos. O primeiro encontro entre o “Papa Peregrino” e o “Padre Toucinho” acontecera em 1967, na época da chamada “Guerra Fria”, quando o primeiro era ainda o Cardeal Karol Wojtyla, Arcebispo de Cracóvia. O Padre Werenfried e a Ajuda à Igreja que Sofre apoiaram o sonho de Karol Wojtyla de construir uma igreja em Nowa Huta, na cidade onde o regime soviético pretendia estabelecer “uma cidade sem Deus”.
Em Novembro de 1978, um mês após a sua eleição pelo Conclave, João Paulo II enviou uma mensagem de agradecimento ao Padre Werenfried pelo serviço prestado pela Ajuda à Igreja que Sofre: “Nesta oportunidade quero agradecer-lhe, Padre, e aos seus colaboradores, a sua actividade caritativa. Agradeço a todos os benfeitores que dão provas de forma tão clara da sua caridade cristã e da sua solidariedade para com quem sofre”.
Em 1984, a Santa Sé reconheceu a Ajuda à Igreja que Sofre como uma Associação de Direito Pontifício da Igreja Universal. Três anos antes, por ocasião da Assembleia Geral da Obra, em Roma, o Papa concedera a sua “especial bênção apostólica” a todos os colaboradores da instituição. O “Padre Toucinho” seria ainda abençoado pelo Santo Padre em 1992 pelo auxílio à Igreja Ortodoxa na Rússia.
Em Portugal, a Fundação Ajuda à Igreja que Sofra recorda de forma especial a Missa celebrada no Santuário de Fátima por João Paulo II e pelo Padre Werenfried, durante a visita do Santo Padre por ocasião do Ano Jubilar em 2000.
O último encontro entre o Padre Werenfried e João Paulo II ocorreu em Abril de 2002, em Roma. Juntamente com todos os assistentes eclesiásticos da Obra, o Padre Werenfried assistiu a uma missa que foi celebrada na capela privada do Papa que, no final, entregou dois presentes pessoais ao Padre Werenfried: o seu círio pascal e uma imagem da Virgem Negra de Czestochowa.
Aquando da morte do Padre Werenfried, em Fevereiro de 2003, o Papa apresentou os seus sentimentos e considerou o fundador da instituição “um apóstolo extraordinário de amor ao próximo” e lembrou “a sua profunda procura humana e espiritual por um contributo eficaz para a unidade entre os cristãos”.
Na morte de João Paulo II, a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre une-se em oração com toda a Igreja pela alma do Santo Padre e apela a todos os cristãos para que, em memória ao seu profundo amor pela Eucaristia, continuem a apoiar os sacerdotes em todo o mundo.
Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre