Fundador dos Dehonianos a caminho dos altares Octávio Carmo 19 de Abril de 2004, às 16:00 ... Superior Geral dos SCJ, o português Pe. José Ornelas , apresenta o futuro beato da Igreja O Pe. Leão Dehon, fundador da Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus (SCJ, conhecidos como Dehonianos) será brevemente proclamado beato, depois de o Papa ter promulgado hoje o decreto relativo a um milagre por intercessão deste religioso francês. Para o Superior Geral dos SCJ, o português Pe. José Ornelas, “este é um momento de alegriaâ€. “Aquilo que nós já estamos a viver enquanto Dehonianos é agora reconhecido e apresentado à Igreja como proposta de vida comprometida ao serviço do Reino de Deus, o que nos deixa muito felizesâ€, explicou desde Roma à Agência ECCLESIA. O Pe. Dehon nasceu em La Chapelle, França, no ano de 1843, tendo fundado, em 1878, a Congregação religiosa dedicada ao Coração de Jesus. Na apresentação desta figura da Igreja que o prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, Cardeal Saraiva Martins, fez ao Papa, destacava-se “o apostolado social e educativo†do futuro beato. O actual responsável pelos destinos da Congregação fundada pelo Pe. Dehon assume que esta decisão da Santa Sé configura-se como “um desafio para actualizar o que ele nos deixouâ€. “O Pe. Dehon foi uma pessoa que soube pegar na tradição cristã do seu tempo, explorando-a à luz das condições sociais e polÃticas em que viveu, para dar respostas a todosâ€, assegura o Pe. José Ornelas. Os SCJ estão presentes em Portugal há mais de 50 anos, com comunidades em Lisboa, Porto, Coimbra, Aveiro, Algarve, Madeira e Açores, além de actividade missionária em Moçambique, Madagáscar, Ãndia e, mais recentemente, Angola. Instituição respeitada no panorama católico do nosso paÃs, congrega dois Bispos (D. António Braga e D. Manuel Quintas) e mais de 100 religiosos, distribuÃdos por casas de formação, escolas, paróquias e obras sociais. “O nosso fundador deixou-nos, sobretudo, o apelo ao amor de Deus, que ele via na imagem do Coração de Jesus, tão profunda na piedade do seu tempo. Essa piedade, contudo, não o retira do mundo, mas confronta-se com a realidade social muito complicada e procura soluções práticasâ€, relata o Superior Geral SCJ. “Do ponto de vista social, o Pe. Dehon é um inovador, assim como ao nÃvel da catequese e da presença nos meios de comunicação social e da cultura. Esse espÃrito tem de ser mantidoâ€, acrescenta. NOVOS SANTOS E BEATOS Além do Pe. Dehon, foram promulgados na manhã de hoje os decretos referentes aos “milagresâ€, ao “martÃrio†e à s “virtudes heroÃcas†de 15 servos e servas de Deus. A Congregação para a Causa dos Santos propôs como candidatos à canonização o JesuÃta chileno Alberto Hurtado Cruchaga (1901-1952), além de um grupo de sete sacerdotes e uma religiosa mortos durante a guerra civil de 1936 e um monge Capuchinho italiano, Felice de Nicosia(1715-1787). O sacerdote francês Pierre Vigne e o já referido Pe. Dehon foram propostos como candidatos à beatificação, que poderá acontecer já na próxima primavera. Nos seus mais de 25 anos de Pontificado, João Paulo II canonizou 477 fiéis e proclamou 1331 beatos. Dehonianos Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...