Vaticano

Gioia dos portugueses que, em Roma, viram o novo Papa

Paulo Rocha
...

Não foram muitos os portugueses que vieram a Roma para ver o Papa. Os que vieram conseguiram e manifestaram alegria por isso. Na Praça de S. Pedro repleta de fiéis, que enchiam também a longa Via della Conciliazione que liga o Tibre à sede de Pedro, viam-se pouco mais de 4 bandeiras lusas. No dia 18, terá sido numa conversa de café que jovens de Lisboa, de tenra idade, trocaram impressões sobre “ir a Romaâ€. De início a brincar, depois com seriedade. Viram que não havia volta a dar: os bilhetes para já estavam comprados. Chegaram a tempo de ver o fumo branco, visitaram o Cardeal Saraiva Martins, participaram numa celebração presidida pelo Cardeal Policarpo e viram de perto o Papa. Dele conservam as melhores opiniões: “não podia ser melhorâ€, “era o meu preferido, o meu candidatoâ€, “irá continuar o legado que o outro Papa deixouâ€, “afirmou a vivacidade da Igrejaâ€. Expressões repetidas mal terminou a celebração na Praça de S. Pedro à Agência ECCLESIA. Um sacerdote português, a sair do local reservado aos milhares de padres que concelebraram esta Eucaristia, referiu que o momento “foi o arrancar de uma forma nova, ousada. Se calhar não estávamos à espera que o Cardeal Ratzinger começasse o Pontificado de Bento XVI desta forma. Acho que foi uma surpresa e que este Pontificado vai-nos reservar muitas surpresasâ€. Outro grupo de jovens - vindo do Porto e que passou a noite em claro para arranjar um dos melhores lugares na Praça de S. Pedro, mas que viu as suas pretensões quase frustradas pelas informações das forças de segurança e por quem não teve escrúpulos em abalroar quem descansava em sacos-cama – encarou este dia como único nas suas histórias. O cansaço não impediu de descobrir “continuidade com o Papa João Paulo IIâ€, “a alegria que transmitiu aos jovens e responsabiliza cada umâ€, “a expectativa de um novo Pontificado†e um mandato para continuar ao lado do Papa na Jornada Mundial da Juventude em Agosto próximo, em Colónia. Sinais de felicidade estavam também casal Ospiño, do Peru, que entregou uma oferta ao Papa. Representavam o Continente Latino-Americano. À Agência ECCLESIA afirmaram a “experiência única, que não se pode descreverâ€, mas que significava o entregar ao cuidado do Papa a história e os problemas de todos os países da América Latina.

Bento XVI