Os responsáveis da Igreja Católica na Áustria não acreditam numa quebra significativa no número de fiéis por causa do escândalo sexual no seminário de Sankt-Poelten, mas reconhecem que muitos católicos ficaram magoados com o acontecido.
“Estamos tristes por cada pessoa que abandona a Igreja e tentaremos manter o contacto e dialogar com ela”, disse o porta-voz da Conferência Episcopal local.
O seminário católico de Sankt-Poelten, próximo de Viena, foi encerrado como consequência do escândalo de pornografia revelado este verão.
O Bispo d encarregado de investigar este caso por João Paulo II criticou a direcção do seminário por “ter prestado muito pouca atenção aos critérios de recrutamento exigidos” para os futuros padres.
Os apelos para uma tomada de posição pelo Vaticano tinham-se multiplicado perante a dimensão do escândalo sexual que atingiu o seminário de Sankt-Poelten, depois da descoberta de milhares de imagens pornográficas. As revelações levaram à demissão do director do seminário, Ulrich Kuechl, e do seu adjunto, Wolfgang Rothe, dois homens próximos do bispo de Sankt-Poelten, Kurt Krenn.
O Vaticano pediu ao bispo Krenn que não conceda nenhum tipo de declarações aos meios de comunicação social. O prelado é acusado por vários sectores da sociedade austríaca de ter abafado os acontecimentos no seminário de Sankt-Poelten que indignaram a Igreja Católica.
O porta-voz da Conferência Episcopal reconhece que os bispos “receberam muitos telefonemas e emails de pessoas zangadas e desiludidas”.