Vaticano

Igreja Católica pede ajuda para o Iraque

Octávio Carmo
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O bispo caldeu de Amadiyah (norte iraquiano), Rabban Al-Qas, espera que os países ocidentais venham agora em ajuda do Iraque, após a mudança política que se operou no país. Numa entrevista difundida plea AsiaNews, o prelado lembra que desde 28 de Junho a situação do Iraque mudou, com um novo governo sob o patrocínio da ONU, mas descarta a ideia de que “terminou a ocupação”. “Já ninguém tem pretextos para não nos ajudar. Antes diziam que tudo estava sob o poder dos americanos; agora há uma declaração da ONU e o poder está em mãos do governo iraquiano, mas precisamos de um trabalho conjunto da comunidade internacional no terreno político e comercial”, aponta. “Para mim o que ocorreu por obra dos americanos é uma verdadeira libertação, uma libertação do Iraque, e isto pôs as bases para o novo Iraque”, admitiu. Segundo este responsável, a imprensa ocidental foi injusta para com o Iraque, apresentando somente “o lado escuro, terrorista, assassino”. “A imprensa nunca falou do que o governo de antes e de agora fizeram. Ninguém disse que, mesmo dentro do terramoto político e das inseguranças, os centros educativos reabriram e completaram o ano académico”, acusa. “As centrais eléctricas voltaram a funcionar; os poços petrolíferos que reabriram, novas estradas estendem-se pelo país e 150 jornais são publicados diariamente”, elenca. Em visita à Itália, o prelado aponta a “International School” da sua diocese como um sinal deste ressurgimento. O centro está destinado a quinhentos estudantes e é a primeira escola de língua inglesa que se abre após a queda de Saddam Hussein. Quanto à missão da Igreja no novo Iraque, D. Al-Qas referiu que “nós cristãos queremos viver como iraquianos e por isso apoiamos a nova constituição do Iraque”.


Guerra do Iraque