Vários representantes da Igreja Católica manifestaram o seu agrado pelo número de participantes nas eleições do passado Domingo, no Iraque, considerando que este gesto constituiu um passo decisivo para um futuro de paz no país.
“Agradeço a Deus por tudo ter corrido pelo melhor: os iraquianos foram às urnas e, mais importante, as eleições aconteceram mesmo, num clima geralmente tranquilo”, referiu a personalidade católica mais importante no país, o Patriarca caldeu Emmanuel Delly.
Segundo as autoridades iraquianas, entre 60 e 75 por cento dos eleitores recenseados foram às urnas nas primeiras eleições multipartidárias dos últimos 50 anos no Iraque.
O líder da Igreja caldeia considera, em declarações à agência missionária Misna, que “o voto foi uma festa, um facto positivo para o país e para a Igreja”.
Do Vaticano chegaram, logo no Domingo, as felicitações do Cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado, que considerou o acto eleitoral no Iraque como “um sinal da maturidade deste povo”. O Cardeal Sodano desejou que este escrutínio “possa significar um futuro de paz”.
O arcebispo de Kirkuk, D. Luis Sako, também se mostrou satisfeito com aquilo que classificou como “jornada histórica” no país. “Vi muitas mulheres, durante todo o dia, em fila, fora das assembleias de voto, num verdadeiro clima de festa, com os filhos, algumas mesmo a cantar”, relata.
Para o prelado, o Iraque é, neste momento, “um mosaico de povos: árabes, turcos, turcomanos, caldeus, curdos”, lamentando os “excessos de violência” que vê em algumas partes do país.
Em Roma, o representante do Patriarcado Caldeu de Bagdad afirmou que as eleições “foram uma lição para os terroristas, uma grande mensagem que mostra que não temos medo”.