Igreja deve falar a linguagem da paz Fundação AIS 04 de Outubro de 2005, às 10:26 ... O bispo Abraham Desta, de Meki, na Etiópia do sul, afirmou que apesar das desolações por que o paÃs tem passado é possÃvel encontrar uma linguagem de paz entre as diferentes religiões e grupos étnicos do paÃs. Os EtÃopes não podem escapar aos problemas da desolação que ameaçam o seu paÃs enquanto não ultrapassarem as suas diferenças, até estarem dispostos a trabalhar em conjunto. Esta foi a mensagem do bispo Abraham Desta, de Meki, na Etiópia do sul, aquando da sua visita à sede da Ajuda à Igreja que Sofre, durante esta semana. A Igreja tem um papel fundamental no fortalecimento das relações entre os diferentes grupos étnicos e religiões na Etiópia, que sofreu uma guerra e fome devastadoras, afirmou o bispo Abraham Desta. "A Igreja Católica deve lutar, não pela confrontação com os outros, mas por um processo de harmonização. Com tantos grupos étnicos diferentes, devemos falar a linguagem da paz, para que cada um, no seu caminho, possa respeitar e aceitar o outro". O bispo confessou à Ajuda à Igreja que Sofre que acredita que já foram dados passos importantes para este objectivo: "Temos uma boa relação com os Muçulmanos. […] Cristãos e Muçulmanos vivem em paz mutuamente", afirmou. O bispo, cuja diocese situa-se na fronteira com a Somália, está ansioso para ver mais relações formais entre os Cristãos e os Muçulmanos, as duas religiões dominantes no paÃs. "Precisamos de nos esforçar mais para fomentar o diálogo inter-religioso, particularmente o ecumenismo. […] Precisamos de unir as nossas vozes, de mostrar a nossa unidade em Cristo e de criar tolerância aos diferentes grupos, para que as nossas diferenças não se tornem em instrumentos de divisão", afirmou o bispo. Mas as mudanças não podem ser somente internas ao paÃs, continuou o bispo. "Enquanto a mentalidade do mundo continuar como está, não podemos ter uma solução a longo prazo para a pobreza na Etiópia", declarou. "Necessitamos de compromissos para mudar a situação de miséria". Após a fome, as guerras civis e militares e o estropiado regime comunista, a Etiópia deu finalmente um "primeiro passo" para o progresso, afirmou o bispo Abraham Desta. "Mas as pessoas ainda sofrem. Necessitamos da intervenção de paÃses maiores". Em 2004, a Ajuda à Igreja que Sofre despendeu mais de 271.000 Euros para ajudar os Cristãos na Etiópia, onde 80 por cento da população baseiam-se na agricultura para sua subsistência. Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre Ãfrica Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...