Vaticano

Igreja do Brasil dedica campanha a pessoas com deficiência

Nuno Rosário Fernandes
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A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vai levar a efeito a Campanha da Fraternidade 2006, este ano dedicada às pessoas com deficiência. A campanha a ser lançada com o início da Quaresma, na próxima quarta feira, 1 de Março, tem como tema «Fraternidade e pessoas com deficiência», e o lema «Levanta-te, vem para o meio!», com base no versículo 3, do 3º capitulo do Evangelho de São Marcos. O tema escolhido para esta campanha propõe uma reflexão sobre a realidade social e a problemática enfrentada pelas pessoas com deficiência, bem como a história das suas lutas e conquistas. Propõe ainda uma fundamentação bíblico teológica sobre a dignidade e os direitos das pessoas com deficiência, apontando para diversas pistas de maior inclusão social e religiosa das pessoas com deficiência. Segundo os responsáveis da Campanha da Fraternidade, este “é um grande momento para a evangelização com o objectivo de promover atitudes de verdadeira fraternidade, verdadeira cultura de solidariedade social, coerentes com o ensinamento do Evangelho”. O tema da Campanha foi escolhido em Agosto passado no Conselho Episcopal Pastoral da CNBB (CONSEP), e de acordo com palavras de D. Odilo Pedro Scherer, Bispo Auxiliar de São Paulo, são recordados nesta campanha os “cegos, surdos, mudos, os que têm algum tipo de lesão ou invalidez física, ou deficiência mental; os que dependem de condições especiais para viverem. E tantos outros. Esses grupos - continua - preferem ser reconhecidos como tais, e que a sociedade os leve a sério, como são, sem tentar camuflar a sua deficiência, nem pretender que devam ser em tudo iguais aos outros”. A Campanha da Fraternidade vai ser, portanto, “ocasião para uma grande tomada de consciência sobre a realidade geralmente não fácil enfrentada pelas pessoas com deficiência”, refere o Bispo. Durante esta, vão ser promovidas atitudes fraternas e acções voltadas para uma verdadeira cultura da solidariedade humana e da fraternidade cristã, que se traduza em leis justas e políticas públicas adequadas para favorecer o reconhecimento de sua dignidade e os seus direitos”, conclui o prelado do Brasil.


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