Vaticano

Igreja no Iraque defende teoria do Caos

Octávio Carmo
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Em caso de retirada das forças internacionais

Para a Igreja Católica no Iraque uma possível retirada das forças internacionais no terreno “seria uma prova de grave falta de responsabilidade”. O arcebispo de Bagdad, Jean Benjamin Sleiman, assegura que nem os norte-americanos nem os aliados deveriam deixar o país, “pois isso significaria passar da anarquia ao caos”: O prelado disse à agência missionária Misna que “abandonar o Iraque a si mesmo significaria preparar um trágico futuro para todos nós. Seria uma herança terrível para o Ocidente, que se somaria ao foco de conflito do Oriente Médio, tornando tudo extremamente mais difícil.” O pós-guerra iraquiano é caracterizado segundo o arcebispo de rito latino pela falta de segurança: “nos dias sucessivos à queda de Bagdad, desmantelou-se o exército iraquiano, deixando o país sem nenhuma estrutura de segurança, sem uma corporação capaz de desempenhar a mesma tarefa”, acusa. D. Sleiman alertou ainda para o perigo das “seitas norte-americanas”, ou seja, organizações cristãs com o objectivo declarado de querer converter os muçulmanos ao Cristianismo, as quais podem provocar “reacções violentas” por parte dos fundamentalistas.


Guerra do Iraque