Vaticano

Igreja no Iraque pede respeito pelas minorias

Octávio Carmo
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A Igreja Católica no Iraque espera que a vitória xiita nas eleições de 30 de Janeiro, tenha consequências efectivas no respeito pelas minorias no país. “As eleições mostraram a esperança dos iraquianos num governo estável e democrático, dotado de uma Constituição que garanta os direitos de todosâ€, considera o bispo auxiliar caldeu de Bagdad, D. Shlemon Warduni, em declarações à agência Sir. “Não esquecemos, na hora dos resultados, que muitíssimos sunitas não participaram da votação e que em algumas localidades cristãs não foram entregues as cédulas eleitorais e, portanto, os habitantes não puderam exercer seu direito ao votoâ€, acrescenta. Sobre os actuais problemas da comunidade cristã, o prelado espera que os futuros governantes possam garantir “o respeito dos nossos direitos, sendo tratados não como cidadãos de ‘classe B’, mas de primeira classeâ€. “Desejamos ver a nossa liberdade religiosa respeitada, o nosso direito a educar segundo nossos valores e qualquer outro direito comum a todos os cidadãosâ€, aponta. Seis deputados cristãos constam no parlamento nacional e outros cinco no curdo. Foram eleitos no norte do país e pertencem a quatro formações políticas, além de um independente. D. Louis Sako, arcebispo caldeu de Kirkuk, confia em que no governo haverá participação sunita, porque os xiitas e os curdos não podem governar sozinhos. “Não haverá guerra civil, porque não está na natureza iraquianaâ€, assegura. O prelado não duvida de que não se adoptará a lei islâmica no país, “pois na nova classe dirigente é demasiado forte o carácter laico leigo, que rejeita absolutamente a lei religiosa como chave para o novo Iraqueâ€.


Guerra do Iraque