Vaticano

Igreja oficial chinesa lamenta ausência no funeral

Agência Ecclesia
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A Igreja Católica oficial chinesa lamentou hoje não poder estar presente no funeral do Papa João Paulo II e disse "desejar" que as relações entre o Vaticano e China comunista possam ser normalizadas no próximo papado. "É claro que gostaríamos de poder participar no funeral do Papa, mas devido ao problema da falta de relações diplomáticas entre a China e o Vaticano é impossível", declarou Liu Bonian, vice- presidente da Associação da Igreja Católica Patriótica da China, em declarações à Agência Lusa. O Vaticano e a China cortaram relações diplomáticas em 1951, dois anos depois do Partido Comunista Chinês ter subido ao poder. Uma das maiores frustrações do Papa foi nunca ter visitado o país mais populoso do Mundo. "Desejamos que com o próximo Papa possa ser cumprido o desejo do João Paulo II de normalizar as relações entre a China e o Vaticano", referiu o responsável da associação governamental que tutela a Igreja católica na China. O Vaticano é um dos 25 países com relações diplomáticas com Taiwan, território que o governo chinês considera parte da sua soberania. Além do problema de Taiwan, outro dos focos de tensão entre Pequim e a Santa Sé é o facto da China ter uma estrutura da Igreja que é ordenada e obedece ao governo chinês e não ao Vaticano, ao contrário do resto do Mundo católico.


João Paulo II