Vaticano

Igreja pede «gesto de clemência» para os dissidentes cubanos

Octávio Carmo
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A Igreja Católica em Cuba pediu ao governo de Fidel Castro o indulto ou comutação da pena para os 75 dissidentes presos em Março de 2003, por conspirarem contra a revolução cubana, em favor dos EUA”. “Um gesto de clemência não é um acto de fraqueza, mas de força, sobretudo moral”, escreve o director da revista “Palabra Nueva”, Orlando Marquez, porta-voz da Igreja cubana. Em vésperas de uma nova votação, na Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, sobre a situação em Cuba, a revista católica, da Arquidiocese de Havana, sugere a Fidel Castro que recue nas penas aplicadas aos 75 dissidentes. “Um indulto ou comutação das duras sentenças a estes opositores ou dissidentes é hoje conveniente em Cuba, e não seria a primeira vez”, diz a carta aberta a Fidel. Já em Setembro passado, num documento de 14 páginas intitulado “A presença social da Igreja”, os bispos cubanos lançaram um apelo à reconciliação na ilha e pediram a libertação de 75 dissidentes que estão a cumprir longas penas de prisão. Na mensagem os prelados afirmavam que “é preocupante constatar que, actualmente, tudo o que no pensamento e nas acções não coincida com a ideologia oficial, se considere carente de legalidade e é desqualificado e combatido sem levar em conta a verdade e a bondade que possam ter”.


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