Vaticano

Imaculada Conceição no olhar dos grandes mestres

Octávio Carmo
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O Vaticano acolhe até ao próximo dia 13 de Maio a mostra “Uma Senhora vestida de sol. A Imaculada Conceição na obra dos grandes mestres”, na qual são apresentadas mais de 100 peças (pinturas, gravuras, ornamentação litúrgica, esculturas) de Leonardo, Tiepolo, El Greco, Pinturicchio, Murillo e muitos outros grandes artistas dos séculos XII ao XIX. A mostra tem lugar no Braço Carlos Magno da Praça de São Pedro, numa iniciativa da Comissão Pontifícia para os Bens Culturais da Igreja. Estas obras nasceram para expressar a fé e os fiéis oram diante delas. Trata-se, portanto, de uma riqueza não só artística, mas também espiritual, mais ainda, diria que é uma riqueza espiritual ilustrada magnificamente no plano artístico”, assinalou o bispo Mauro Piacenza, presidente da referida Comissão Pontifícia, em declarações à Rádio Vaticano. Esta devoção teve um grande acréscimo no séc. XVII, com capelas espalhadas por montes e vales, mas permaneceu ininterrupta, com uma figuração muito uniforme, derivada das imagens de Murillo (1617-1682). O dogma da Imaculada Conceição foi definido pelo papa Pio IX, em 8 de Dezembro de 1854. Anteriormente, tinha-se chegado a um desenvolvimento não só da devoção popular para com a Imaculada mas também nas intervenções dos Papas a favor desta celebração. Antes que o calendário romano incluísse a festa em 1476, esta já havia aparecido no Oriente no século VII, e contemporaneamente, na Itália meridional dominada pelos bizantinos. Em 1570, Pio V publicou o novo Ofício e finalmente em 1708 Clemente XI estendeu a festa, tornando-a obrigatória a toda a cristandade.


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