Vaticano

Incursão na Banda Desenhada

Francisco Perestrello
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Com um nível de sucesso muito variável o cinema tem, ao longo dos anos, adaptado as mais diversas bandas desenhadas, aproveitando o seu sucesso junto do público jovem para facilitar a divulgação. Entre as personagens mais exploradas – pelo menos desde 1943 – conta-se Batman, o Homem Morcego, que nos tempos mais recentes tem permitido o desenvolvimento de uma série com efeitos especiais muito aperfeiçoados. O último episódio, até à data, é «O início», recuando muito em resultado obtido em relação aos filmes anteriores. Entre as produtoras mais envolvidas neste cinema conta-se a Marvel Entertainments, que lança agora «Quarteto Fantástico», realizado por Tim Story. É uma tentativa de associação de quatro diferentes figuras com alguma popularidade, tirando partido da comple-mentaridade dos poderes acidentalmente obtidos – uma força hercúlea, uma elasticidade quase ilimitada, a possibilidade de voar com o corpo em fogo e a possibilidade de se tornar invisível -. São nítidos sucedâneos de Hulk, embora sem a cor verde, do Homem de Borracha, do Tocha Humana e do Homem Invisível, aqui na pele de uma mulher. O resultado obtido é modesto, embora haja entusiastas da BD que não deixarão de rever com agrado os seus heróis preferidos. As boas intenções das figuras originais mantêm-se, através de uma bondade um tanto ingénua que se procura aplicar na oposição ao responsável da empresa que lançou o projecto falhado, cujas radiações causaram as alterações de ADN capazes de conduzirem à obtenção de tão estranhos poderes. Falta ao filme a necessária componente de credibilidade e um ritmo mais adequado, capaz de dar à acção um mínimo de suspense que implicitamente estaria na construção do argumento. Tal como está ficam apenas algumas imagens com bastante movimento, explosões vistosas e a oportunidade para os mais entusiasta verem sob novo ângulo quatro figuras de ficção há muito conhecidas. Francisco Perestrello

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