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Índia: 150 pessoas pedem a cristãos nos campos de refugiados que voltem às suas casas

Fundação AIS
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Um comunicado de Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) revela que dezenas de milhares de pessoas no estado indiano de Orissa estão ainda demasiado assustadas para regressarem às suas aldeias, três meses depois de os extremistas hindus terem assassinado 500 cristãos e destruíram pelo menos quatro mil casas e mais de 100 igrejas e capelas no distrito de Kandhamal. D. Raphael Cheenath, arcebispo de Cutack-Bhubaneshwar e encarregado de restaurar a esperança após a grave onde de atentados anticristãos que atingiu a Índia ultimamente, espera que a missão de paz que começa na passada Quinta-feira permita que milhares de pessoas voltem para as suas casas. Numa entrevista concedida à AIS, o arcebispo desejou que a missão de paz em Kandhamal, liderada por funcionários indianos, persuada as comunidades hindus a reconciliarem-se com os seus vizinhos cristãos. A missão, integrada por 150 pessoas e que inclui professores e funcionários públicos, tanto em Orissa como em Nova Déli, pretende ir de casa em casa para encontrar-se com as pessoas e diminuir os medos suscitados pelos militantes hindus que pretendem fazer crer que os cristãos são uma ameaça ao estilo de vida local, com o fim de converter as pessoas. Segundo o arcebispo Cheenath, a missão oferece um raro raio de esperança, até porque é integrada por hindus e cristãos. “A missão de paz é algo que deve ser feito. O aspecto mais promissor é que a iniciativa nasceu não de nossa comunidade mas dos outros, incluindo outros grupos religiosos”, disse. Até este momento, pouquíssimos cristãos de Kandhamal regressaram às suas casas. “Queremos desesperadamente que as pessoas possam voltar às suas casa mas, para que isto aconteça, deve haver protecção”, afirmou D. Raphael Cheenath. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre


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