Um missionário polaco explicou à Ajuda à Igreja que Sofre que várias empresas geridas por muçulmanos estão a discriminar os trabalhadores não-muçulmanos e que existe apoio financeiro para conversões ao islamismo.
O Padre Andrzej Halemba, que trabalha na Diocese de Kasama (no norte da Zâmbia), declarou que nesta região “há uma forte influência islâmica provocada pelo investimento estrangeiro” e que também existe apoio financeiro para “as conversões ao islamismo e para garantir ensino gratuito às crianças”.
Segundo o sacerdote, esta islamização está a criar problemas à comunidade cristã na Diocese de Kasana, situada junto à fronteira da Tanzânia e onde grande parte da população pertence às etnias Mambwe e Lungu. Como exemplo, o sacerdote refere que as empresas administradas por muçulmanos apenas oferecem empregos a não-muçulmanos sob a condição de que se convertam ao islamismo.
“Na última década, constitui-se uma presença agressiva do Islão na Zâmbia, um país que é cristão segundo a sua Constituição”, acrescentou.
Realçando a diminuição do número de cristãos na zona do Lago Tanganyika, o Pe. Halemba afirmou: “Há dez anos atrás cerca de 70% da população era cristã. Hoje, cerca de 30% são católicos e 20 a 25% são protestantes”.
Sobre a “resposta cristã” a este fenómeno, o sacerdote falou sobre a necessidade de traduzir os textos religiosos nas línguas locais, lamentando a falta de recursos da Igreja Católica da Zâmbia para levar a cabo esta tarefa.
O Pe. Halemba já traduziu o Novo Testamento e publicou uma colecção de contos tradicionais em Mambwe (idioma local). À Ajuda à Igreja que Sofre pediu apoio para a formação de sacerdotes e catequistas na Diocese de Kasama.