Em Agosto de 2004, a comunidade católica no Iraque era sacudida por cinco atentados terroristas que atingiram igrejas em Bagdad e Mossul. Um ano depois, o Arcebispo da comunidade caldeia desta última localidade, D. Paulos Faraj Rahho, refere à AsiaNews que “hoje estamos melhor, aprendemos a perdoar por causa dessa violência”.
O renascer das cinzas exigiu que os católicos colocassem em prática os princípios de amor e perdão que professam, como reconhece o prelado. “Os atentados colocaram à prova a nossa fé e neste ano aprendemos a colocar em prática valores como o perdão e o amor, mesmo para com aqueles que nos perseguem”, confessa.
Um sinal de esperança e de força, nesta comunidade, está no facto de 63 crianças irem receber a primeira comunhão no próximo sábado, precisamente na igreja destruída pelos atentados de 2004.
Os cristãos no Iraque são uma minoria, cerca de 3% dos 26 milhões de habitantes, mas representam uma das comunidades mais antigas e respeitadas do Cristianismo. A importância histórica e sentimental destas comunidades que ainda hoje celebram em aramaico, a língua de Jesus, nunca foi menosprezada.
A Igreja Patriarcal Católica Caldeia está no mesmo local onde nasceu Abraão. É uma Igreja autónoma, em comunhão com Roma, possuidora de ritos litúrgicos próprios: tem cerca de um milhão de fiéis em todo o mundo e perto de metade desses fiéis encontra-se no Iraque, onde está a sede do Patriarcado dos caldeus.