JMJ 2013: Via-sacra evocou sofrimento de Jesus e dos jovens de hoje
Papa e mais de um milhão de pessoas estiveram na Praia de Copacabana
Rio de Janeiro, Brasil, 26 jul 2013 (Ecclesia) – A Praia de Copacabana no Rio de Janeiro recebeu hoje a representação das 14 estações da via-sacra, evocação do julgamento e execução de Jesus, com textos atuais, sob a presidência do Papa.
Francisco seguiu de helicóptero para Copacabana, onde falou aos jovens pela segunda vez no contexto da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), e fez um percurso do papamóvel, cumprimentando os presentes, que segundo a organização eram cerca de 1,5 milhões.
Os textos das meditações foram escritos pelos padres-cantores Zezinho e Joãozinho, sacerdotes dehonianos, que aproximaram os sofrimentos da paixão de Jesus com os problemas dos jovens de hoje.
Na 1ª estação, rezou-se pelos jovens inocentes que “todos os dias são condenados à morte pela pobreza, pela violência e por todo tipo de consequências do pecado”.
A celebração passou por locais como Pedra do Arpoador e Escadaria Selarón, na Lapa, entre outras ruas da cidade carioca, envolvendo centenas de voluntários e 20 atores.
Das 14 estações, 13 percorreram 900 metros do canteiro central da Avenida Atlântica e a última foi no palco central, onde o Papa Francisco preside à celebração.
O “jovem convertido” que quer ser “instrumento” do amor de Deus esteve presente na 2ª estação e na 3ª são evocadas as preces do “voluntário de uma comunidade de recuperação” que quer ser o bom samaritano que “para além dos discursos, tem coragem de levantar quem está caído à beira do caminho e cuidar de suas feridas”.
A quarta estação – “Jesus encontra a sua mãe aflita” - recordou as dores das mães que sentem o sofrimento dos seus filhos e deixou apelos em defesa da vida e contra o aborto: "Não podemos aceitar a violência de quem se acha no direito de interromper uma vida indefesa".
Na 5ª estação, os “seminaristas” chamados ao sacerdócio estiveram presentes com as suas orações e, na 6ª estação, a consagrada ao “serviço do irmão” pede forças porque encontra “nas vias-sacras da vida tantas vítimas de uma «cultura de morte»”.
Os casais de namorados, que pretendem “construir uma família pelos fundamentos e não pelo telhado”, foram recordados na 7ª estação.
O sofrimento das mulheres, cuja “vocação” é “do berço até à cruz” esteve presente na oitava estação e os “estudantes” são recordados na estação onde “Jesus cai pela terceira vez”.
“Que a tua graça nos ensine os caminhos para evangelizar o «continente digital» e nos deixe atentos à possível dependência ou confusão entre o real e o virtual”, foi o pedido da 10ª estação.
A via-sacra da JMJ não esqueceu as redes sociais e a “geração que nasceu conectada por meio da internet”.
Na 11ª estação foram lembrados os “milhões” de jovens presidiários, na 12ª os jovens com doenças terminais e na 13ª os jovens “deficientes auditivos”: “Existem momentos em que o silêncio e a contemplação falam muito mais”.
Na 14ª e última estação foram recordados os jovens de todas as regiões do globo.
CB/OC
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