João Paulo II assinou hoje, dia em que completa 25 anos de pontificado, a exortação apostólica pós-sinodal sobre a missão dos bispos ("Pastores gregis" – pastores do rebanho), que descreve como “difícil e grave”, recordando que só em Cristo se pode encontrar a força para a cumprir.
O documento recolhe as conclusões do Sínodo dos Bispos de 2001 sobre "O bispo servidor do Evangelho de Jesus Cristo para a esperança do Mundo" e marca um dos pontos altos da celebração jubilar dos 25 anos da eleição de João Paulo II.
Num clima de grande solenidade, diante dos cardeais, presidentes de conferências episcopais, arcebispos e bispos presentes, João Paulo II destacou a grande importância do “serviço episcopal”, recomendando que “os pastores conheçam o seu rebanho, amem todos e prestem atenção a cada pessoa, procurando a ovelha perdida”. O Papa apareceu em boa forma, mas não foi capaz de proclamar a totalidade do discurso que tinha preparado, em italiano.
O texto do Papa deixou claro que cada bispo deve ser na Igreja “um mestre da fé cristã autêntica”, promovendo a participação de todos na vida eclesial.
“Atentos às necessidades da Igreja e do mundo, enfrentarão os desafios da hora presente. O bispo será profeta da justiça e da paz, defensor dos direitos dos pequenos e excluídos”, referiu.
Desde ontem e até depois de amanhã, os cardeais participam, em Roma, juntamente com presidentes das conferências episcopais e patriarcas de todo o Mundo, num simpósio sobre alguns dos temas mais actuais da Igreja de hoje.
Para o debate, alguns cardeais apresentam os temas: "O ministério petrino e a comunhão no episcopado" (cardeal Bernardin Gantin); "Os sacerdotes, a vida consagrada e as vocações" (cardeal Jean-Marie Lustiger); "A família" (cardeal Alfonso Trujillo); "Ecumenismo (cardeal Nasrallah Sfeir); "As missões" (cardeal Ivan Dias); e "Vinte e cinco anos de pontificado ao serviço da paz" (cardeal Ângelo Sodano).
O Papa intervirá na última sessão do simpósio, que alguns vêem como excelente oportunidade para os cardeais se debruçarem sobre as questões mais pertinentes para a Igreja de hoje e do futuro, e, a essa luz, irem pensando, especialmente os 135 eleitores, no perfil do sucessor de João Paulo II.