Indignação perante os atentados marca reacções da comunidade internacional
João Paulo II condenou hoje as “agressões injustas” contra os lugares de culto cristão no Iraque, que neste Domingo fizeram, pelo menos, 10 mortos e 50 feridos.
Numa mensagem enviada ao Patriarca dos Caldeus, Emmanuel Delly III, o Papa “deplora vivamente as agressões injustas contra aqueles que apenas procuram colaborar na paz e na reconciliação do Iraque”.
O telegrama enviado ao presidente da assembleia dos bispos católicos no Iraque manifesta “a todos os bispos e fiéis de ritos diferentes a solidariedade do Papa nesta hora de sofrimento”, segundo o director adjunto da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Ciro Benedettini. Na mensagem pode ler-se que João Paulo II deseja “um clima de paz e reconciliação para este amado país”.
O líder da Igreja Católica tem em mente a intenção dos autores dos atentados em criar uma frente de guerra “religiosa” e pede aos cristãos e muçulmanos no Iraque, “crentes num único Deus clemente e misericordioso”, que se unam na condenação “de qualquer forma de violência, cooperando para o regresso da concórdia na atribulada terra iraquiana”.
Nesse sentido, o Patriarca Caldeu e o mais alto dignatário da comunidade xiita no Iraque lançaram apelos à unidade, após os atentados. Também o presidente Ghazi al-Yaouar se manifestou contra estes “actos terroristas”, assegurando que eles são “um sinal do recrudescimento do ódio daqueles que organizam estes crimes contra o povo iraquiano”.
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