O texto das palavras do Santo Padre que antecedem a recitação do angelus* “será lido, Domingo 27 de Fevereiro, pelo Substituto da Secretaria de Estado, o Arcebispo Leonardo Sandri”.
Pela primeira vez, o meio-dia de um Domingo, no Pontificado do Papa João Paulo II não trará a imagem do Papa a público para a oração do angelus, seja com os peregrinos que o acompanhassem (na Praça de S. Pedro ou em qualquer outra parte do mundo onde o Papa se encontrasse), assim como também com os milhões de católicos que o ouviam e viam em através dos meios de comunicação social.
Amanhã, na Praça de S. Pedro, será também o Arcebispo Sandri que presidirá à oração mariana do angelus e dará – em nome do Papa - a Bânção Apostólica aos fiéis presentes na Praça de Pedro.
Segundo um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, João Paulo II “unir-se-á à oração do Angelus no Quarto da Policlínica Gemelli”.
* Angelus - Momento de oração popular a Nossa Senhora atribuída ao franciscano Bento d’Arezzo, contemporâneo de S. Francisco de Assis. Quando S. Francisco visitou a Terra Santa, ficou muito impressionado com a oração dos muçulmanos cinco vezes por dia ao apelo do muezim feito do minarete da mesquita. De regresso a Itália, escreveu uma carta aos “chefes dos povos” a pedir-lhes que um pregoeiro ao fim de cada dia convidasse o povo cristão ao louvor de Deus. É possível que esta carta tenha inspirado a recitação do Angelus uns dez anos depois, inicialmente apenas uma vez por dia, ao entardecer. Tal prática teve a bênção do papa Calisto II (1456) e generalizou-se sobretudo depois do papa Sisto IV a prescrever para conseguir a vitória cristã contra os turcos. S. Pedro Canísio fomentou-a, e ela passou a dizer-se três vezes por dia, de manhã, ao meio-dia e à tarde, ao toque dos sinos. Mais tarde acrescentou-se-lhe por três vezes a doxologia à SS. Trindade (pelo que também se chamou a este toque o das Trindades). O Angelus consiste na reza de três Ave-Marias introduzidas por versículos alusivos ao mistério da Encarnação e terminando com uma oração. Os versículos são: «O Anjo do Senhor anunciou Maria. E ela concebeu do Espírito Santo», «Eis a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a vossa palavra», «E o Verbo divino incarnou. E habitou entre nós», seguindo-se uma oração introduzida pelo versículo «Rogai por nós, santa Mãe de Deus. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo» e três vezes o «Glória ao Pai…». No tempo pascal, o Angelus é substituído pela antífona Regina Coeli (cf. DPPL 195-196). É costume dos últimos papas, aos domingos, pelo meio-dia, rezar o Angelus com a multidão reunida na praça de S. Pedro. (in Enciclopédia Católica Popular, de D. Manuel Falcão.
Cf. http://ae.no-ip.org/catolicopedia/artigo.asp?id_entrada=79).