João Paulo II solicitou ao primeiro-ministro britânico Tony Balir que realize todos os esforços possíveis para impedir uma solução armada para a crise no Iraque.
Tony Blair, principal aliado dos EUA, deslocou-se ao Vaticano no passado sábado, 22 de Fevereiro, para o que qualificou de “reunião estritamente privada”. No entanto, o Director da Sala de Imprensa da Santa Sé, Joaquín Navarro Valls, prestou declarações sobre o teor do encontro.
“Falou-se da complexa conjuntura internacional, especialmente no que diz respeito ao Médio Oriente. O Papa manifestou o desejo de que, na solução da grave situação no Iraque, se façam todos os esforços possíveis para evitar novas divisões no mundo”.
O primeiro-ministro britânico reuniu-se, em seguida, com o Cardeal Angelo Sodano, secretário de Estado e com o Arcebispo Jean-Louis Tauran, secretário para as relações com os Estados.
Segundo Navarro-Valls, “os colóquios desta manhã destacaram a necessidade de que todas as partes interessadas na crise iraquiana possam colaborar com a ONU e saibam aproveitar os recursos oferecidos pelo Direito Internacional, para conjurar a tragédia de uma guerra que cada vez mais partes consideram ainda evitável”.
Em Londres o porta-voz oficial de Blair assinalou que este “partilha com o Papa o desejo de evitar a guerra” e que esta semana Tony Blair lançará “um último impulso ao caminho da paz”, embora a ameaça de guerra seja vista pela Grã-Bretanha como uma “ferramenta”.