Vaticano

Joaquim Chissano admite pedir ajuda para investigar tráfico de órgãos

Octávio Carmo
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O Presidente moçambicano, Joaquim Chissano, admitiu ontem a possibilidade de pedir ajuda internacional para investigar a alegada rede de tráfico de órgãos e pessoas a operar na província de Nampula, no norte do país. "Se tivermos necessidade de ajuda, devemos saber a quem pedi-la", declarou Chissano, em visita oficial a Portugal, numa conferência de imprensa comum com o primeiro-ministro Durão Barroso. "Em todas as situações de criminalidade em que as autoridades moçambicanas estiveram limitadas por questões de ordem técnica, nós solicitámos o apoio de diferentes organizações internacionais com as quais temos relações", explicou. Segundo Chissano, apesar das denúncias dos missionários no local sobre redes de tráfico de pessoas e órgãos humanos, nenhuma prova oficial foi encontrada. O presidente moçambicano disse ontem que "alguns órgãos terão sido retirados de cadáveres", mas acrescentou desconhecer-se o objectivo de tal prática. O tema vai estar no centro dos encontros que Joaquim Chissano mantém esta hoje, em Estrasburgo, com os presidentes da Comissão e do Parlamento Europeu.


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