Dois jornais espanhóis publicaram recentemente uma lista com os nomes dos elementos do governo socialista espanhol considerados os «doze apóstolos do laicismo».
Entre os nomeados estão políticos como o actual ministro da Justiça, Juan Fernando López Aguilar, a titular da Educação, Maria Jesus San Segundo, e o deputado socialista Pedro Zerolo.
A iniciativa prende-se com a contestação, por parte do diário “La Razon”, de que existe na sociedade espanhola vários «gurus do Estado laico beligerante», visando promover, no país vizinho, iniciativas como a revisão dos acordos com a Santa Sé ou a recusa em ensinar religião nos colégios e institutos públicos.
Para o semanário “Fe y Razon”, estas personalidades são «porta-vozes do laicismo, inspiradores de medidas tão espinhosas como o casamento “gay”».
Como prova das situações adversas à religião, este jornal informa que o secretário dos movimentos sociais do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Pedro Zerolo chegou a afirmar que os bispos «são um perigo para a saúde mental e normal desenvolvimento das sociedades avançadas».
Ainda segundo este semanário, estas tentativas de mudar «a estrutura actual do Estado de “aconfessional” para “laico”», excluindo a Igreja Católica da vida pública, não são mais do que respostas a uma «estratégia bem definida por teóricos do laicismo próximos ao PSOE».