Vaticano

Jovens angolanos querem que os cristãos apostem na formação cívica e moral das populações

Octávio Carmo
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A juventude angolana exige a criação de uma “agenda da juventude” para possibilitar a troca de experiências entre os jovens de diversas sensibilidades visando o conhecimento real da sua situação e perspectivar o futuro. Os jovens pretendem também a criação de um espaço para opinião e abordagem das grandes questões do país. Estas são algumas das conclusões saídas da Conferência Ecuménica de jovens realizada este Domingo, em Luanda, com o objectivo de cultivar neles o espírito democrático baseado na tolerância e convivência pacíficas. O jornal angolano “O Apostolado” assinala que os jovens consideram igualmente a necessidade de realizar campanhas de educação cívica, para resgatar os valores morais e culturais perdidos. Campanhas similares deverão também abordar temas como democracia e eleições, com a participação dos meios de comunicação social estatais por estes terem abrangência nacional. Apontam como primordial neste momento “a educação dos jovens para a aceitação da convivência na diferença político-partidária e na tolerância, com o fito do respeito pelos resultados das futuras eleições no país”. Nesta esteira eleitoral, “torna-se imperioso a elaboração de um programa coerente sobre o desarmamento da população civil precedendo as futuras eleições, visando acabar com os receios em votar no período eleitoral”. Uma equipa ecuménica foi criada para elaborar um programa de educação cívica a ser implementado nas comunidades cristãs devendo fazer também a monitorização das conclusões produzidas pelo evento. Na conferência sob o lema “jovens unidos para a construção de uma Angola democrática”, participaram cerca de 400 jovens de várias igrejas cristãs e representantes da juventude de partidos políticos. O certame foi organizado pela Comissão Arquidiocesana de Justiça, Paz e Migrações da Igreja Católica, que contou com o apoio da Igreja Metodista Unida e da Igreja Evangélica Congregacional.


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