Agentes da polícia chinesa prenderam o líder religioso de uma Igreja protestante não oficialmente reconhecida por Pequim.
Cai Zhuohua, oficiante religioso em seis congregações não-oficiais da Igreja Protestante na China, foi detido na capital do país por polícias vestidos à paisana, quando esperava o autocarro. O facto ocorreu em Setembro passado, mas só agora foi revelado pela organização "China Aid Association".
A mesma fonte afirmou que a detenção faz parte de uma nova campanha contra as actividades religiosas não controladas pelo o Partido Comunista chinês.
A mulher de Cai Zhuohua, Xiao Yunfei, e outros dois de seus familiares, também foram detidos, no dia 27 de Setembro, na província de Hunan (sul do país), para onde tinham fugido após a prisão do parente.
Fontes do Conselho de Estado da China não confirmaram a informação, ainda que Pequim tenha assegurado reiteradas vezes, a existência de liberdade religiosa no país, desde que os cultos se subordinem ao Partido Comunista.
O Partido Comunista (68 milhões de membros) declara-se oficialmente ateu, mas a Constituição chinesa permite a existência de cinco Igrejas oficiais, entre elas a Católica, que tem 5,2 milhões de fiéis.
Segundo fontes do Vaticano, a Igreja Católica "clandestina" (feil ao Papa) conta mais de 8 milhões de fiéis, que são obrigados a celebrar missas em segredo, nas suas casas, sob o risco de serem presos. O baptismo e o ensino religioso entre menores de 18 anos são punidos na China com prisão ou confinamento aos “campos de reeducação pelo trabalho”.