Vaticano

Líderes católicos temem guerra civil no Iraque

Octávio Carmo
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O Bispo de Kirkuk dos Caldeus, Louis Sako, teme que o Iraque possa ficar condenado a viver em guerra civil após a retirada das forças internacionais no terreno. Segundo D. Sako, a saída das tropas estrangeiras “seria o fim, pois o país seria disputado pelos países vizinhos e o Iraque tornar-se-ia uma nova Palestina”. O bispo falava sobre a situação no Iraque, numa entrevista à revista italiana “Tempi”. “O sistema estatal precedente desagregou-se e para evitar o caos é preciso reconstruir o Iraque antes de abandonar o país”, explica. Quanto à passagem de poderes para a ONU o bispo mostrou-se céptico. “É um problema de quantidade e de eficácia, não acredito que o contingente da ONU seja mais numeroso e melhor preparado do que os norte-americanos.” O responsável católico mostrou-se particularmente crítico com os EUA, que acusa de “marginalizarem todos aqueles que serviram o velho regime, mas entre eles havia pessoas honestas e capazes”. O Bispo de Kirkuk dos Caldeus lamenta ainda que os norte-americanos confiassem somente nos opositores, gente que viveu por muito tempo no exterior. “Desse modo, o processo de transição é muito lento; além disso, há a questão do desemprego, que tende a aumentar”, conclui D. Sako.


Guerra do Iraque