A Liga dos Servos de Jesus vai construir um equipamento em Angola, para alargar a sua actividade missionária à Diocese de Sumbe, situada a 300 quilómetros a Sul de Luanda.
Entre 7 e 18 de Fevereiro, aquela região recebeu a visita de Adelaide Gonçalves, Coordenadora Geral da Liga dos Servos de Jesus e do padre António Moiteiro Ramos, Assistente Geral da Liga, que trataram do processo que levará à construção do novo equipamento de apoio à obra prevista para aquele território.
António Moiteiro Ramos contou ao Jornal A Guarda que duas irmãs (educadoras) e uma colaboradora como serva externa (enfermeira) estão na cidade de Gabela e irão viver para a Quilenda, 30 quilómetros de distância da Gabela, a missão dada pelo Bispo D. Benedito Roberto, à Liga dos Servos de Jesus.
A visita, realizada no mês passado, teve por objectivo visitar as irmãs da Liga porque, segundo as constituições, a Coordenadora Geral deve visitar as comunidades uma vez por ano e, também, “tratar em diálogo com o Bispo e as autoridades civis Municipais, da legalização do terreno onde iremos construir uma casa para a comunidade, um espaço para jovens vocacionadas e uma escola para formação de crianças, jovens e mulheres”.
Por agora, o Assistente Geral da Liga dos Servos de Jesus não adianta prazos para execução da obra nem o valor do investimento, porque o processo está na fase inicial. “Neste momento estamos a legalizar o terreno para começarmos a construir”, disse, salientando que o equipamento irá ser construído na Quilenda, num espaço cedido pelas autoridades Municipais com 4 mil metros quadrados.
O sacerdote recordou que, como foi anunciado por D. Manuel Felício, Bispo da Diocese da Guarda, “metade da renúncia quaresmal da Diocese será para esta obra”.
Para António Moiteiro Ramos este projecto significa “a expansão do carisma, construindo o Reino de Deus não apenas em Portugal mas também no estrangeiro, em terras de missão”. “Apesar de 50 por cento da população de Angola ser católica, o Município para onde vão as irmãs tem cerca de 90 mil habitantes e a maior parte ainda não é cristã”, indicou.
Segundo o mesmo responsável, “o trabalho das irmãs (que se encontram em Angola desde 11 de Setembro de 2008) até agora, consistiu em colaborar com os padres da Boa Nova na Paróquia da Gabela. Já organizaram o Sagrado Lausperene nos vários centros da Paróquia da Gabela e vão-se inserindo nas estruturas de participação que a Paróquia tem na sua Vida Cristã”. “Tem sido um estágio pastoral muito proveitoso, uma vez que a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima da Quilenda carece de toda a organização pastoral, de estruturas pastorais, para que se faça o anúncio do Evangelho e se construam comunidades cristãs”, concluiu o padre Moiteiro.