Vaticano

Luta por Terri Schiavo não terminou

Octávio Carmo
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Bob e Mary Schindler, pais de Terri Schiavo, a norte-americana que está em coma há 15 anos, continuam a lutar para que ela possa viver. Ontem, 12 dias depois de Terri ter deixado de ser alimentada artificialmente, um tribunal federal de recurso concordou em apreciar uma petição da família que tem em vista a realização de uma nova audiência. A batalha judicial em torno do caso, que dura há sete anos, tem sido debatida na praça pública e dividido os Estados Unidos entre os que são pró e contra a eutanásia. O advogado dos pais de Terri - que está em estado vegetativo persistente, segundo alegaram os tribunais - solicitaram a reintrodução imediata do tubo de alimentação. Quando este foi retirado, na sequência de um pedido do marido da doente de 41 anos, os médicos afirmaram que ela viveria entre sete dias e duas semanas. D. Samuel Aquila, Bispo do Fargo, localidade de Dakota do Norte nos EUA, mostrou-se indignado com a actual situação da doente e disse que “ela é totalmente inocente e ninguém poderia imaginar, há 25 anos, que um juiz ia permitir que morresse de fome e sede”. O Cardeal William H. Keeler, presidente da comissão dos Bispos norte-americanos para as actividades pró-vida, já afirmou que Terri Schindler-Schiavo “não deve morrer por falta de água e alimentação”. “Deus há-de chamá-la a Ele quando for a sua hora de morrer. Não somos nós quem tem de determinar esse tempo”, advertiu.


Eutanásia/Bioética