Milhares de pessoas saíram à rua, neste sábado, numa manifestação contra adopção por homossexuais na Bélgica. A marcha foi convocada pelo Comité de Acção pela Família e a Rede Europeia do Instituto de Política Familiar.
A Conferência Episcopal da Bélgica apoiou com um comunicado oficial a “Marcha pela família” que aconteceu no momento em que o Parlamento do país discute a adopção de crianças por casais homossexuais.
Até o momento, foram recolhidas cerca de 20.000 assinaturas que apoiam a retirada deste projecto “que atenta contra a instituição do matrimónio” e, sobretudo, “contra o direito dos menores”.
Os organizadores afirmaram que a manifestação não era dirigida contra os homossexuais, “que merecem todo o nosso respeito”, mas sublinharam a sua rejeição à igualdade de tratamento para uma união entre duas pessoas do mesmo sexo e outra entre homem e mulher, reivindicando o direito das crianças “a ter um pai e uma mãe”.
Mais de 600 ONG’s e federações internacionais, presentes em 58 países, ofereceram o seu apoio aos organizadores.
Críticas do Vaticano
As uniões homossexuais, que em alguns países da Europa são equiparadas ao casamento, são uma ameaça para a família e também "uma perigosa armadilha" para os jovens, afirmou o Arcebispo Giovanni Lajolo, secretário para Relações da Santa Sé com os Estados, na ocasião de uma conferência internacional sobre o papel da Igreja Católica na integração europeia, em Cracóvia, na Polónia.
No seu discurso, o prelado referiu-se à "família, baseada no matrimónio entre um homem e uma mulher, aberta à vida, segundo a lei prescrita de Deus na natureza da pessoa humana", sustentando que "na própria Europa a família está a ser ameaçada em diversas partes e que outras uniões de natureza diversa, e algumas vezes até mesmo contra esta natureza, possuem funções substancialmente diferentes em relação ao desenvolvimento integral da pessoa e da sociedade".