Vaticano

Milhões de escravos em todo o mundo

Octávio Carmo
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Mais de 12 milhões de pessoas estão em trabalho forçado no mundo, indica um estudo da Organização Internacional de Trabalho (OIT) ontem revelado. O relatório, intitulado "Uma aliança global contra o trabalho forçado", mostra que mais de 10 milhões das pessoas são exploradas na economia privada. O documento fornece igualmente uma estimativa global dos lucros gerados pela exploração de mulheres, homens e crianças vítimas de tráfego humano, que rondam os 32 mil milhões de dólares ou 13 mil dólares por cada pessoa. "Este é um mal social que não tem cabimento no mundo de hoje", defendeu o secretário-geral da OIT, Juan Somavia. "O trabalho forçado representa o lado negro da globalização, negando às pessoas os seus direitos básicos e a sua dignidade", frisou o responsável, afirmando que "é imperativo" erradicar o problema. A maior fatia dos trabalhadores explorados, cerca de 9,5 milhões de pessoas, encontra-se na Ásia, havendo cerca de 1,3 milhões da América Latina, 600 mil em África, 260 mil no Médio Oriente, 360 mil em nações industrializadas e 210 mil em economias de transição. O estudo aponta ainda que cerca de um quinto de todos os trabalhadores explorados foram traficados, com a média a subir nos países mais industrializados e no Médio Oriente, onde atinge os 75%.


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