Vaticano

Minorias religiosas perseguidas no Iraque

Fundação AIS
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Dois representantes cristãos iraquianos apresentaram relatórios à Câmara dos Comuns britânica que dão conta de um novo ciclo de violência e atentados contra as minorias religiosas, entre elas a comunidade cristã, que representa de cerca de 650 mil pessoas. Yanadam Kanna, secretário-geral do Movimento Assírio Democrático (o maior partido cristão) informou que a emigração em massa deixou as aldeias e cidades cristãs com menos de metade da sua população habitual. Os cristãos iraquianos sentem-se vulneráveis e consideram que a situação se agravou nos últimos meses, tendo aumentado as ameaças, os raptos e assassinatos. As principais ameaças à segurança surgem de vários lados: dos partidários do antigo Presidente Saddam Hussein, de grupos terroristas internacionais e de vários grupos tribais, nacionalistas e árabes. "Temos problemas muito sérios. Vivemos num angustiante período de transição e as pessoas estão preocupadas por que vêem que a situação está a piorar", comentou Yanadam Kanna que defende a criação de uma região administrativa autónoma ou de um "refúgio" para cristãos na região de Nínive, próximo de Mossul. "Nínive (região onde vivem muitos cristãos) é o pior local do Iraque, porque está muito isolada e faltam hospitais, estradas e trabalho", acrescentou o político iraquiano. Na reunião com os deputados esteve também o vigário anglicano da Igreja de São Jorge (em Bagdad), Canon White, que disse à AIS ter "a cabeça a prémio". O clérigo anglicano diz que já não tem condições de segurança para assegurar os serviços religiosos e que todos os líderes leigos desapareceram, presumivelmente raptados. Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre


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