O Cardeal Camillo Ruini, vigário para a Diocese de Roma, rendeu ontem homenagem a João Paulo II, assegurando que a sua missa exequial foi um símbolo de “unidade internacional”.
“A Praça de São Pedro tornou um símbolo eloquente, não do choque de civilizações, mas da grande família das nações”, apontou
Na homilia da missa em sufrágio do Papa celebrada na Basílica de São Pedro, o Cardeal Ruini vincou que “os dias das suas exéquias tornaram-se para Roma e todo o mundo dias de extraordinária unidade, de abertura da alma a Deus e à reconciliação”. Esta foi a terceira missa “novendiali” do período de nove dias consecutivos em que se celebram as exéquias em sufrágio do Papa.
O Cardeal Camilo Ruini recordou alguns dos traços característicos de João Paulo II: um homem a sério, que apreciava o sabor da vida, da beleza, da arte, da poesia, da natureza e do desporto.
“O Papa teve solidamente unida, e mostrou ao mundo inteiro com toda a sua vida, a integridade da fé em Cristo e a universalidade do amor do mesmo Cristo que se ofereceu por todos na Cruz”, explicou.
Sobre o próximo Conclave, o Cardeal convidou ainda aos católicos do mundo a não se deixarem levar pela curiosidade, mas sim a entrar em um período de oração. “Não sejamos muito humana e inutilmente curiosos por saber antes do tempo quem será (o próximo Papa)”, disse.
Na celebração foi sublinhada a forma como João Paulo II conseguiu “conquistar o coração dos romanos, dos italianos e de tantos cidadãos do mundo”. O Papa visitou 301 das 331 paróquias de Roma e recebeu representantes de outras 16, após o agravamento do seu estado de saúde ao longo dos últimos anos.