O cardeal português José Saraiva Martins classificou ontem de «atentado contra a vida» a decisão que resultou na morte da norte-americana Terri Schiavo, depois de um coma de 15 anos.
A vida «é sagrada e deve ser respeitada até ao fim», disse o prefeito da Congregação vaticana para a Causa de Todos os Santos num acto público em Roma, realçando que não se podem consentir medidas que «apressem o final de uma vida, porque é a coisa mais valiosa que temos».
Terri Schiavo, que deixou de ser alimentada artificialmente a 18 de Março, por decisão judicial, depois de 15 anos em coma, morreu na Florida ontem de manhã.
Este caso, que suscitou grande polémica nos últimos dias entre defensores e opositores da eutanásia, merecera já a condenação do Vaticano, com o presidente da Federação Internacional das Associações de Médicos Católicos a lamentar, em editorial no “L’Osservatore Romano” de ontem, que a «qualidade de vida seja julgada de modo insuficiente quando o paciente não está em condições de manter uma capacidade de relação e compreensão».