Uma representação de muçulmanos e protestantes dos Camarões deu ontem as boas-vindas ao Papa no aeroporto internacional Nsimalen, de Yaoundé.
“No Alcorão, o profeta Maomé recomenda-nos acolher bem os estrangeiros, pois com muita frequência vêm com a paz. Portanto, para nós, a vinda do Papa é uma bênção”, declarou o grão-imã de Yaoundé, o xeque Ibrahim Moussa.
Este responsável fez um pedido aos fiéis muçulmanos para que “respeitem a religião dos demais e se unam para acolher este grande homem”.
Segundo a imprensa local, o líder islâmico assegurou que “consideramos o Papa como um grão-imã”, em referência à figura encarregada de presidir a oração muçulmana.
“Rezamos para que sua estadia decorra bem e regresse à sua casa em paz”, disse aos jornalistas.
No próximo dia 19, de manhã, a agenda do Papa inclui um encontro com os representantes da Comunidade Muçulmana de Camarões (quase 4 milhões de fiéis, 22% da população), o único do género no programa da visita.
Também as comunidades protestantes deram as boas-vindas ao Papa. “A vinda do Santo Padre ao nosso país é uma graça que não pode deixar um cristão indiferente”, sublinhou o reverendo Jean Emile Ngué, secretário-geral do Conselho das Igrejas protestantes dos Camarões, que considera que a vinda do Papa ao país é “um acontecimento de elevado alcance espiritual”.
Redacção/Zenit