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Mudanças de comportamento mais eficazes que terapias para travar a SIDA

Renascença (RR)
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s mudanças de comportamento sexual foram mais eficazes para travar a progressão da epidemia de SIDA no início dos anos 1990 que a introdução das terapias, diz um estudo britânico hoje divulgado. O estudo foi realizado por cientistas do University College London (UCL), da agência de Protecção da Saúde da Universidade de Oxford, que procederam a uma análise estatística da epidemia do vírus VIH-1 no Reino Unido. "Desde 1990 registaram-se importantes mudanças no comportamento social e uma tomada de consciência no Reino Unido em relação ao vírus VIH-1 e à SIDA", segundo Deenan Pillay, do centro de Virulogia da UCL. "Apesar de um aumento muito recente dos comportamentos de risco nas relações homossexuais entre homens, foi observado desde 1990 um aumento significativo da utilização do preservativo, o que poderá explicar o equilíbrio alcançado no número de infecções", sublinhou. "A terapia anti-retroviral poderá ter efeitos na taxas de transmissão, mas os nossos trabalhos não o demonstraram. Se fosse esse o caso, as taxas de progressão teriam diminuído no fim e não no início dos anos 1990, altura em que a terapia foi amplamente utilizada", acrescentou. "Pelo contrário, vemos uma fraca correlação entre a grande acessibilidade ao tratamento e a redução da transmissão", sublinhou. Este estudo britânico vem publicado nos Anais da Academia das Ciências dos Estados Unidos da América.


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