Mundo prepara-se serenamente para o adeus Agência Ecclesia 02 de Abril de 2005, às 18:04 ... O Papa caminha serenamente para a hora do adeus e o mundo acompanha-o com a sua solidariedade e oração, numa prova suprema da universalidade desta figura incontornável. Nenhuma cara será tão familiar, no conjunto dos cinco continentes, como a de este homem de branco que recebeu milhões de pessoas no Vaticano – seja em celebrações litúrgicas, seja em audiências públicas e privadas -, e foi ao encontro delas, nos seus paÃses, nas suas 129 viagens fora da Itália. Milhares de milhões habituaram-se, por outro lado, à sua presença nos meios de comunicação social e é através dos media, agora, que acompanham o desenrolar do estado de saúde do Papa. Mais do que nunca, João Paulo II parece ser um familiar de homens e mulheres de todo o mundo, que assistem ao agravamento das suas condições. Além do número cada vez maior de fiéis que se juntam na Praça de S. Pedro, no Vaticano, católicos de todos os cantos do mundo rezam pelo Papa. O Brasil, maior paÃs católico do mundo, reza "para que Deus ajude e acolha" o Papa. O Cardeal Geraldo Majella Agnelo, presidente da Conferência Episcopal, preside hoje a uma Eucaristia por João Paulo II na Catedral de Salvador. Outros milhões de latino-americanos unem-se em oração pelo Papa. Em Buenos Aires, centenas de fiéis participam das missas que se celebram na Catedral Metropolitana. Milhares de mexicanos juntam-se na BasÃlica de Guadalupe. O Papa o paÃs em cinco ocasiões, começando com a histórica visita de Puebla em Janeiro de 1979. Os bispos do Chile exortaram os paroquianos a rezar por João Paulo II e pediram que as portas de todas as igrejas permaneçam abertas. O secretário-geral da Conferência Episcopal Venezuelana declarou que “queremos fazer um apelo a todas as paróquias venezuelanas, para que se unam em oraçãoâ€. Por sua parte, os bispos bolivianos exortaram os seus compatriotas a organizarem vigÃlias de oração para rezar pela vida de João Paulo II, enquanto que no Uruguai, o presidente da Conferência Episcopal Uruguaia indicou que os católicos “estão muito próximos†do Papa. Mais perto de nós, o presidente do Comité OlÃmpico de Itália (CONI), Gianni Petrucci, anunciou hoje a suspensão de todos os eventos desportivos deste fim-de-semana, por respeito ao débil estado de saúde do Papa. Os milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, diante da janela dos aposentos do Papa, vão voltar a recitar a oração mariana do Rosário, pelas 21h00 (menos uma em Lisboa), com os Mistérios Luminosos. A presidir à oração estará o Arcebispo Leonardo Sandri, substituto da Secretaria de Estado do Vaticano e o homem que se tornou a “voz†do Papa após a traqueotomia de 24 de Fevereiro, lendo as mensagens de João Paulo II. Na terra natal de João Paulo II, milhares de fiéis polacos estão concentrados no santuário mariano em Czestochowa, perto de Cracóvia, a cidade onde Karol Wojtyla iniciou o seu percurso. O Ãcone de Nossa Senhora de Czestochowa, a imagem mais venerada pelos católicos polacos, ficou excepcionalmente exposto durante toda a noite. O arcebispo de Czestochowa, D. Stanislaw Nowak, lembrou, nas palavras que dirigiu aos presentes, que Karol Wojtyla esteve ligado ao santuário desde os primeiros anos, na infância e depois por toda a vida, como estudante universitário, seminarista, sacerdote e Arcebispo de Cracóvia. A terra natal de Wojtyla, Watowice, a cerca de 60 quilómetros de Cracóvia, viveu também uma noite emotiva, com as paróquias e igrejas abertas para receber num ambiente de maior recolhimento os fiéis que rezavam pelo Papa. O Dalai Lama, lÃder espiritual dos Budistas, já revelou que está a rezar “por um homem de pazâ€. “Temos muitas coisas em comumâ€, reconheceu. João Paulo II Share on Facebook Share on Twitter Share on Google+ ...