O cristianismo - um chamamento à felicidade
Para o cardeal Christoph Schönborn, cristianismo e felicidade deverão ser sinónimos, pelo que convida a redescobrir a grandeza das pequenas felicidades. “Fomos criados para ser felizes”: a evidência desta frase, que ouviu durante a adolescência da boca do pároco da sua comunidade, unida ao testemunho de vida deste, convenceu este prelado da certeza da sua vocação. Com esta nota autobiográfica, o purpurado começou a sua reflexão sobre o tema «Vocação cristã: chamado à felicidade» no Meeting pela amizade entre os povos, promovido pelo Movimento Comunhão e Libertação.
“O desejo de felicidade é dado pelo Criador e está escrito no coração de cada homem - explicou o purpurado -. Este representa uma meta à qual o Criador nos destinou”. O arcebispo de Viena advertiu também que para muitos “a busca da felicidade é enganosa e manifesta-se em formas como a droga, a fama, o êxito ou o sexo”. “Todas são acções que podem procurar prazer e satisfação momentânea, mas não garantem a felicidade” - reconheceu.
Explicando a grandeza das pequenas felicidades, o cardeal Schönborn afirmou que “a pequena felicidade - os pequenos gestos que levam um pouco de luz à vida quotidiana - é a via de aproximação à grande felicidade”. “Uma depende da outra, pertencem uma à outra” - constatou. Contudo, as pequenas felicidades foram injustamente condenadas por ideólogos e filósofos. “Este desprezo pelas pequenas felicidades é na realidade profundamente desumano e encontra trágicas aplicações na história ali onde o poder político se arroga a tarefa de criar as grandes felicidades sobre a Terra” - sublinhou.