Vaticano

O homem não pode ser sacrificado aos êxitos da ciência

Nuno Rosário Fernandes
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Papa lembra papel educativo das universidades

Bento XVI pediu esta manhã às Universidades da Europa que se “empenhem em desenvolver um atento papel educativo, ao serviço das novas gerações, fazendo apelo ao património dos ideais e valores que marcaram os milénios passados”. O Papa ao receber, esta manhã, os participantes no Seminário de estudo sobre o Processo de Bolonha, promovido pelo Vaticano, salientou que a Universidade não se deve limitar a instruir e assim “poderá ajudar a Europa a conservar a sua «alma», revitalizando as raízes que cristãs que a originaram”. Desde Quinta feira e até hoje, Sábado, cerca de 50 representantes de universidades da Europa, aderentes ao «Processo de Bolonha» participaram neste Seminário promovido em colaboração com a UNESCO-CEPES, com o objectivo de analisar o património cultural e os valores académicos da Universidade. No discurso que dirigiu a estes participantes, Bento XVI destacou o progresso da técnica e da ciência verificado nestes últimos séculos e, referindo-se à evolução tecnológica, nomeadamente na área da informática, o Papa lembrou que essa veio “substituir uma parte das nossas actividades mentais”, o que poderá ter como consequência a envolvência do nosso modo de pensar e que “podem condicionar a nossa própria liberdade”. Por isso, acrescenta, “Ocorre dizer com força que o ser humano não pode ser nunca sacrificado aos êxitos da ciência e da técnica”.


Bento XVI