Segunda jornada de trabalhos no Congresso Internacional da Nova Evangelização
Os cristãos europeus habituaram-se a viver num Continente cristianizado, acostumados a verem a vida das famílias e da sociedade centrada no “facto cristão”. O que a segunda jornada de trabalhos do Congresso Internacional da Nova Evangelização (ICNE) veio esta manhã revelar é a urgência de se perceber qual o lugar da Igreja numa Europa que já não é cristã.
Na conferência que proferiu, o respeitado teólogo D. Bruno Forte referiu que a nova presença dos cristãos no Velho Continente deverá ter “um estilo de diálogo e, ao mesmo tempo, de proclamação”.
“Para ser autêntica, a sua presença deve banir a falta de compromisso, a divisão e a nostalgia do passado”, disse o arcebispo italiano, membro da Comissão Teológica Internacional.
Os 3 mil congressistas reunidos esta semana em Paris foram desafiados a dar um novo “impulso missionário” às suas Igrejas locais. “Nenhum baptizado tem o direito de ficar de parte na acção evangelizadora”, disse D. Forte.
Entre as questões mais urgentes levantadas esta manhã esteve a da evangelização “num contexto de encontro entre religiões”, cada vez mais habitual na Europa.
“Na relação com as outras religiões é pedida uma atitude de abertura e respeito na consciência de que Cristo não pode ser imposto às pessoas, mas apenas proposto e encontrado na liberdade e na audácia de uma decisão vivida no Espírito”, concluiu D. Bruno Forte.