Vaticano

O Papa pode ser a chave para a questão iraquiana

Octávio Carmo
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O antigo responsável pela diplomacia do Vaticano, o cardeal Louis Tauran, considerou, em declarações ao jornal La Repubblica, que uma possível mediação do Papa na questõa iraquiana poderia ter resultados muito positivos, uma vez que “a posição de João Paulo II sobre o conflito no Iraque é reconhecida e apreciada entre os líderes árabes, religiosos ou políticos”. O Vaticano ofereceu-se ontem para ajudar a mediar o confronto entre o líder rebelde xiita Moqtada al-Sadr e as forças americanas e o governo interino do Iraque, segundo um comunicado oficial que referiu "vários" pedidos nesse sentido. O cardeal Tauran afirmou ter a impressão de que os atentados contra os católicos no Iraque “são obra de grupos incontroláveis, para abrirem uma nova fonte de conflito”. O patriarca caldeu Emmanuel--Karim Delly, representante da comunidade cristã no Iraque, disse estar “feliz com a possibilidade de mediação do Papa João Paulo II”. Os confrontos entre as milícias de Sadr, entrincheirado no complexo da mesquita Imã Ali, e as tropas americanas continuam a registar-se esporadicamente. Ontem, os carros de combate do exército entraram brevemente na Cidade Velha, dominada pelos homens de Sadr. As forças iraquianas vão travar hoje "uma batalha decisiva" em Najaf contra as milícias do líder radical xiita Moqtada Sadr, anunciou o ministro da Defesa, Hazem Chaalane. Toda a história • Vaticano disponível para mediar situação em Najaf • Moqtada Sadr convida João Paulo II a resolver a crise em Najaf • Vaticano confirma disponibilidade para mediar conflito no Iraque


Guerra do Iraque